Com Pix, Brasil fica em 2º em ranking de países por uso de pagamentos instantâneos em 2022
Com o sucesso do Pix, o Brasil foi o segundo país do mundo que mais utilizou meios de pagamentos instantâneos em 2022, ficando atrás apenas da Índia, conforme a pesquisa Prime Time for Real-Time Report, divulgado nesta quarta-feira, 19, em nota, pelo Banco Central. Foram 89,5 bilhões de transações na Índia, contra 29,2 bilhões de transações no Brasil – o que corresponde a 15% do total mundial.
Segundo a pesquisa, houve um salto de 228,9% no uso dos serviços de pagamento instantâneo no Brasil entre 2022 e 2021, um crescimento maior do que na líder Índia (76,8%).
Completam a lista dos maiores mercados globais em quantidade de transações de pagamentos instantâneos em 2022, de acordo com o levantamento, a China (17,6 bilhões), a Tailândia (16,5 bilhões) e a Coreia do Sul (8 bilhões).
Em geral, os pagamentos instantâneos foram responsáveis por 195 bilhões de transações em 2022, 63,2% a mais do que um ano antes, segundo o Prime Time for Real-Time Report. A previsão é de que, em 2027, esse número chegue a 511,7 bilhões e poderia representar 27,8% de todos os pagamentos eletrônicos no mundo.
“Em pouco mais de dois anos e meio, o Pix colocou o Brasil no topo quando o assunto é pagamentos instantâneos”, disse o BC sobre o estudo realizado pela ACI Worldwide (empresa da área de sistema de pagamentos) em parceria com a GlobalData (empresa de análise e consultoria de dados).
No curto prazo, segundo o BC, o estudo também traz a projeção de números ainda mais favoráveis para o Pix. De acordo com o Prime Time for Real-Time Report, a média de transações mensais do Pix por pessoa de 15 anos ou mais vai subir para 51,8 em 2027, deixando o Brasil na segunda posição nesse tipo de comparação – atrás apenas do Bahrein, cuja estimativa é que esse índice fique em 83,3 em quatro anos. Hoje, o número do Brasil é de 14,2 – 4º no mundo.
“O estudo coloca luz sobre o potencial futuro de interconexões entre os diversos sistemas de pagamentos instantâneos, sendo uma alternativa a pagamentos transfronteiriços, aumentando a eficiência, reduzindo custos e melhorando a usabilidade dessas transações”, afirmou Breno Lobo, consultor no Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro (Decem) do Banco Central.
No Pix, estão previstas para este ano novidades como o Pix automático, que viabilizará pagamentos recorrentes de forma mais eficiente, além de a ampliação da capacidade de processamento e aperfeiçoamentos contínuos de segurança.
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