Ibovespa opera em alta, de olho em exterior positivo após a suspensão do teto da dívida dos EUA
Ontem, o principal índice do mercado de ações brasileiro avançou 2,06%, aos 110.564 pontos. Ibovespa
Burak The Weekender/Pexels
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em alta nesta sexta-feira (2), repercutindo a aprovação da suspensão do teto da dívida de US$ 31,4 trilhões nos Estados Unidos e a divulgação de dados de emprego de maio no país, quando foram criadas 339 mil novas vagas de trabalho.
Às 12h22, o índice subia 1,84%, aos 112.599 pontos. Veja mais cotações.
No dia anterior, o Ibovespa teve alta de 2,06% e foi aos 110.564 pontos. Com o resultado, o índice passou a acumular:
Queda de 0,29% na semana;
Alta de 0,77% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
Em um dia de agenda esvaziada no cenário doméstico, os investidores mais uma vez voltam as atenções para o noticiário norte-americano.
Na última quinta-feira (1º), o Senado aprovou o projeto de lei que eleva o teto da dívida de US$ 31,4 trilhões do governo dos Estados Unidos, evitando um calote da maior economia do mundo e corroborando para o clima mais otimista nos mercados globais.
Já na agenda de indicadores, o destaque fica com o relatório de geração de empregos nos EUA. Com uma geração de empregos ainda forte, as perspectivas são de que a pressão inflacionária deve continuar, já que a população continua com renda.
Se a inflação persiste, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) pode continuar com o ciclo de altas nas taxas de juros, que já estão no maior patamar em 16 anos.
Juros mais altos nos Estados Unidos elevam a rentabilidade dos títulos públicos do país, que são considerados os mais seguros do mundo. Isso prejudica os ativos de risco, como o mercado de ações, e também pode se refletir em um menor fluxo de capital para países emergentes, como o Brasil.
Já na agenda doméstica, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados de produção industrial de abril nesta manhã. Naquele mês, a indústria caiu 0,6% frente a março. Já no acumulado em 12 meses, a queda é de 2,7%.
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