Dólar opera com volatilidade, com mercado de olho no início da temporada de balanços nos EUA

Na véspera, a moeda norte-americana teve queda de 0,60%, vendida a R$ 4,7898. Dólar opera em alta
Karolina Grabowska
O dólar opera com volatilidade nesta sexta-feira (14), oscilando entre altas e baixas, em um dia de agenda vazia, mas com os investidores acompanhando a divulgação dos primeiros balanços corporativos do segundo trimestre nos Estados Unidos.
Às 10h57, a moeda norte-americana subia 0,09%, cotada a R$ 4,7943. Veja mais cotações.
No dia anterior, o dólar fechou em baixa de 0,60%, vendido a R$ 4,7898. Com o resultado, a moeda passou a acumular:
Quedas de 1,58% na semana e de 9,25% no ano;
Alta de 0,02% no mês.

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O que está mexendo com os mercados?
Em um dia de agenda esvaziada de indicadores econômicos importantes em nível global, os mercados repercutem, sobretudo, o início da temporada de balanços corporativos nos Estados Unidos.
Hoje, os principais destaques são os bancos J.P. Morgan e Wells Fargo, que apresentaram lucros acima do esperado no segundo trimestre de 2023, destacam os analistas do BTG Pactual.
Os números desses balanços, que mostram os resultados financeiros das empresas trimestralmente, são importantes para traçar uma perspectiva de como anda a economia, principalmente quando se trata da maior economia do mundo.
Analistas explicam que o mercado aguarda pelos balanços americanos para entender se o ciclo de altas nos juros que o país vive apresenta algum impacto sobre os resultados das companhias.
De acordo com Daniel Moura, especialista em mercado de capitais, “se as empresas dos EUA estiverem indo bem, isso pode levar um aumento na demanda por produtos e serviços em todo o mundo, o que impulsiona o crescimento global como um todo e, portanto, respinga aqui no Brasil também”.
Além disso, os resultados podem impactar nos preços das commodities. “Se a indústria automobilística estiver indo bem, por exemplo, vai comprar mais aço, alumínio, cobre e outras matérias necessárias, o que aumenta a demanda por esses metais”, pontua. Como o Brasil é um grande exportador de commodities, tende a se beneficiar do movimento.
Por fim, Moura destaca que se os balanços vierem em linha com as expectativas ou melhores, isso pode trazer confiança aos investidores, elevando o apetite por ativos de risco, como os mercados de países emergentes, caso do Brasil – e o contrário também é válido.
No mercado doméstico, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta manhã, os dados de vendas no varejo de maio. No mês, o comércio recuou 1,0% ante abril, enquanto em 12 meses acumula leve variação positiva de 0,8%. Essa foi a primeira taxa mensal negativa depois de nove meses consecutivos de alta.
O resultado, apesar da baixa, veio melhor do que as expectativas dos analistas, que previam uma queda mais acentuada, de 1,20% na comparação mensal .

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