Mercado eleva projeção de alta do PIB para 1,68% neste ano e vê inflação mais baixa
Melhora nas expectativas foi divulgada dias após resultado do PIB do primeiro trimestre. Inflação prevista, que já ultrapassou os 6%, está agora em 5,69% – ainda acima do teto da meta. Os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 de 1,26% para 1,68% na semana passada.
A informação consta do relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (5) pelo Banco Central. O levantamento ouviu mais de 100 instituições financeiras na semana passada sobre as projeções para a economia.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia.
O aumento na projeção de crescimento da economia aconteceu após a divulgação do resultado do PIB do primeiro trimestre, na semana passada, que apontou expansão de 1,9% na comparação com os três últimos meses do ano passado. O resultado ficou acima das expectativas de economistas.
Já para 2024, a previsão de crescimento do mercado financeiro recuou de 1,30% para 1,28%.
Inflação
Para o comportamento da inflação nesse ano, os analistas dos bancos reduziram a estimativa de 5,71% para 5,69%.
Mesmo com a queda na estimativa de inflação do mercado para 2023, ela ainda segue superando o teto da meta de inflação definida pelo governo. A meta central foi fixada em 3,25% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.
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Se a projeção do mercado financeiro se confirmar, este será o terceiro ano seguido de estouro da meta de inflação, ou seja, no qual o IPCA fica acima do teto fixado pelo sistema de metas. Em 2022, a inflação somou 5,79%.
Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso, porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento.
Para 2024, a projeção de inflação do mercado financeiro caiu de 4,13% para 4,12%. A meta de inflação do próximo ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, o BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem.
Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia.
Taxa de juros
O mercado financeiro manteve a expectativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 12,50% ao ano para o fim de 2023. Atualmente, o índice está em 13,75% ao ano.
Para o fim de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia ficou estável, em 10% ao ano. Com isso, o mercado segue estimando queda do juro também no próximo ano.
Outras estimativas
Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC:
Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2023 recuou de R$ 5,11 para R$ 5,10. Para o fim de 2024, caiu de R$ 5,17 para R$ 5,16.
Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção recuou de US$ 60 bilhões para US$ 58,8 bilhões de superávit em 2023. Para 2024, a expectativa para o saldo positivo subiu de US$ 55 bilhões para US$ 55,3 bilhões.
Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano permaneceu em US$ 80 bilhões de ingresso. Para 2024, a estimativa de ingresso continuou também em US$ 80 bilhões.
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